terça-feira, 6 de março de 2007

Quem tudo quer tudo perde

“Diamante de sangue (Blood diamond)" de Edward Zwick

O realizador Edward Zwick especializou-se em fazer cinema épico romântico como “ Tempo de Glória”, “O último Samurai”, o seu novo trabalho “ Diamante de sangue”. A sua realização entra no território político ao contar uma história situada na guerra civil de Serra Leoa na África durante os anos 90. Esta guerra civil deu-se devido à exploração de diamantes locais e que posteriormente ficaram conhecidos por diamantes de sangue.
O filme conta a história de Danny Archer (Leonardo Dicarpio), um ex-mercenário do Zimbabué, e Salomon Vandy (Djimon Hounsou), um pescador de etnia Mende. Ambos são africanos, mas suas histórias e circunstâncias de vida totalmente diferentes até que o destino os reúne na procura de um diamante rosa, pedra que pode modificar ou acabar com uma vida. Archer e Salomon durante a procura do diamante têm a ajuda de Maddy Bowen (Jennifer Connely) que é jornalista, em que posteriormente Archer revela-lhe tudo o que sabe sobre o contrabando de diamantes. A história é publicada em 2001 pela revista onde Maddy Bowen trabalhava.
Durante a acção Edward Zwick expõe factos como a origem da F.R.U. (Forças rebeldes unidas) em 1991, que utiliza crianças sequestradas durante a destruição das aldeias, as crianças que sofriam uma forte pressão psicológica através da persuasão do líder do F.R.U. e dos elementos mais velhos sobre eles. Tenta mostrar a incidência do HIV no país, quando Archer à saída do hotel é abordado por prostitutas que dizem não ser seropositivas.
A prestação de Leonardo Dicarpio no filme está muito melhor em comparação a antigos filmes do actor, como no “Titanic”,”O aviador”, nota-se que está muito mais maduro na representação.
Na minha opinião o único aspecto negativo do Filme foi a morte de Leonardo Dicarpio no fim do elenco, assim perdendo o que mais desejava, quando já

o tinha, mas com isso, desvendou-se o significado da simbologia da cor vermelha da terra e porque é que ele nunca iria deixar África. Palavras ditas pelo general que cuidou dele enquanto era criança. Edward Zwick demonstra da melhor maneira o sofrimento passado pelos cidadãos da cidade de Maputo (cidade onde foram realizadas as gravações), as punições que as pessoas sofriam através dos F.R.U. que cortavam as mãos aos homens para não votarem e outros eram levados para as minas de exploração de diamantes.
Acho que o filme visa a sensibilizar o público e fazer com que vejam o que o povo africano sofre por causa dos diamantes.

1 comentário:

xtr3m disse...

fui ver o filme no domigo e gostei imenso..chocou-me bastante a horrível desfaçatez com k se tira a vida de uma pessoa..e o k as crianças são obrigadas a passar e a sofrer para se tornarem soldados..para mim, um dos melhores filmes ,por enquanto, deste ano.. =)