quinta-feira, 12 de março de 2009

Retábulo Nossa Senhora do Leite e S. Domingos e S. Francisco



Esta obra de arte pertence ao início do século XVII, remontando para o período maneirista na região autónoma da Madeira fazendo parte do património artístico da capela do convento de S. Francisco na região.
Antes de proceder a uma análise global da obra é necessária uma referência sobre o período histórico e a evolução do Maneirismo no seu contexto nacional e por fim uma comparação estética entre o Maneirismo nacional e o internacional.
O conceito de Maneirismo deriva etimologicamente da evolução semântica da palavra maniera. Este conceito era inicialmente aplicado à literatura no contexto da poesia francesa no século XIV e da italiana no século XVI, o primeiro passo da passagem para o meio artístico está presente em Il Libro dell’Arte (fins do século XIV) de Cennino Cennini. O passo posterior na sua ampliação deve-se à carta de Rafael Sanzio a Leão X, juntando-lhe um juízo de valor estético na arquitectura medieval, ao referir a inexistência de graça e sem nenhuma maniera. Temos assim o conjunto de significados tomados pela palavra nos tratadistas de arte no século XVI: o método de realização de cada artista, a iconografia estabelecendo na arte características dos diferentes tempos e lugares e um carácter estético que se adapta às práticas artísticas preparado para ultrapassar tanto o gosto medieval como a rigorosa fidelidade ao natural.
O arquipélago da Madeira no século XVI obteve uma posição sólida no contexto da Expansão devido a sua localização geográfica, sendo um local de apoio as rotas para outros destinos. Devido ao seu clima ameno obteve um grande êxito na produção açucareira e através do comércio marítimo conseguiam escoar toda a produção e adquiri outros bens. A sociedade estava estratificada em classes sociais distintas que «viviam do seu trabalho o heterogéneo grupo dos mercadores, os oficiais dos mesteres, os camponeses, os homens da serra e os homens do mar. Os escravos mouros, mulatos, negros ou canários forneciam a mão-de-obra para os trabalhos mais pesados e asseguravam também o serviço das casas. Existia uma franja de marginalidade, que nas serras era constituída por salteadores, incendiários, homiziados ou escravos fugidos e, nos núcleos urbanos, por ladrões, vadios, pedintes, prostitutas e ciganos».[1]
Desde início a Igreja teve um importante no quotidiano, fornecendo quadros morais, cultura e espiritualidade, visto que, esta era uma instituição organizada. Nesta mesma altura, já estava implantado o mercado artístico na região onde através da cripto-história da arte, foi permitido situar as especificidades mais importantes do mercado artístico insular.
Os Franciscanos estão presentes desde o início da povoação da região devido a estes acompanharem os descobridores, com o isolamento em que se encontravam fez com que tivessem diversas atribulações e excessos, mas quanto obtiveram estabilidade fundaram o Convento de S. Francisco no Funchal que «torna-se o panteão das famílias ilustres que solicitavam nele ser sepultadas com o hábito de S. Francisco e muito contribuíram para o engrandecimento do Convento em bens e em património artístico»[2].
O mercado artístico do Arquipélago da Madeira, em meados do século XV, desenvolveu-se a partir das oficinas que existiam em Lisboa, donde eram encomendadas as obras para os santuários religiosos da diocese ou para as capelas das grandes famílias da nobreza existentes na altura, devido à dificuldade em deslocar boas equipas de trabalho. Ao longo do final do segundo quartel de quinhentos o mercado artístico sofreu algumas mudanças constatando-se a presença de obras de arte flamenga do pintor Michel Coxcie, devido a situação política existente em 1581 que demonstrava a ligação entre Flandres, Espanha e Portugal. O mercado artístico mais caro existente na Madeira proveio de Flandres e depois de Lisboa, em que houve a necessidade de criar oficinas regionais com oficiais de arte para a execução e examinação das mesmas, tendo estas aparecido em 1576. Através do estudo da arte decorativa do interior da Sé do Funchal, deparamo-nos com a presença de modelos italianos, como é o caso do friso de estilo Renascença, que devido à sua perfeição remonta para meados do primeiro quartel do século XVI.
Após a breve nota histórica sobre a evolução do Maneirismo no contexto internacional e nacional, irei proceder à análise da obra Nossa Senhora do Leite e S. Domingos e S. Francisco, da capela de Nossa Senhora da Candelária da Tabua, que actualmente se encontra exposto no Museu de Arte Sacra do Funchal.
A análise da obra será realizada num âmbito global, apesar desta ter sido vítima de algum movimento da aquisição ou da contra-reforma, visto que sofreu alguns repintes para esconder elementos de nudez presentes e, posteriormente, o desmembramento do retábulo separando a Virgem do Leite de S. Domingos e S. Francisco. Facto que originou a discrepância de datas relativamente à entrada no Museu de Arte Sacra do Funchal. Irei começar pela parte inferior do retábulo e depois passar à parte superior.

S. Domingos e S. Francisco é uma pintura a óleo sobre tábua de dimensões 80 x 101 cm proveniente da Igreja Matriz da Tabua, datada do inicio do século XVII.
Existe uma separação entre o plano principal do retábulo e o plano secundário que é visível desde início. No plano principal temos S. Domingos e S. Francisco ajoelhados em atitude de veneração, olhando para o alto, venerando a Virgem do leite a amamentar o menino que se encontra rodeada por uma nuvem. S. Domingos é caracterizado por um hábito branco e negro e um cajado pastoral dos bispos, que tem a parte superior a acabar em crucifixo. Evocando a fidelidade a Deus até a morte, usando por base, a relação existente entre o cão e o seu dono, onde este dá a sua vida pelo dono como sinal da sua fidelidade. Tendo por nome Ordem Dominicana, que deriva etimologicamente da evolução semântica da palavra Domini Canis (cães do Senhor). S. Francisco está com um hábito castanho e segura uma simples cruz apoiando-a no seu braço esquerdo, para que esta fique junto ao seu coração com a função de demonstrar o seu amor pela mesma. Tendo como função cuidar dos leprosos e posteriormente tornando-se pregador itinerante, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade. A sua devoção não se resume a sacrifícios mas também em dores e chagas, pelo facto de lhe ter aparecido no corpo as cinco chagas de Cristo. Fenómeno denominado por “estigmatização”, sendo a principal fraqueza física e causa da sua morte dois anos após o seu aparecimento.
Podendo assim relacioná-las devido a serem Ordens Mendicantes que surgiram no século XIII durante as Heresias Medievais, onde os Dominicanos e os Franciscanos tiveram importância a nível existencial e doutrinal devido a viverem de acordo com o evangelho. Ambas as Ordens possuíam uma Cruz específica com características diferentes mas com o mesmo simbolismo, simbolizando a pobreza, a fidelidade, sacrifício, mortificação e viver o Homem novo, «e chamando assim o povo com seus discípulos, disse-lhes: Se alguém me quer seguir, negue-se a si mesmo: e tome a sua cruz, e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á: Mas o que perder a sua vida por amor de mim, e do Evangelho, salva-la-á. Pois de que aproveitará ao Homem, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?» (Mc, 8, 34 – 36)
O rosto dos santos possui um tom que mórbido e cadavérico que demonstra o jejum e a mortificação, «e quando jejuais, não vos ponhais tristes como os hipócritas: porque eles desfiguram os seus rostos, para fazer ver aos homens, que jejuam. Na verdade vos digo, que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando jejuas, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto. A fim de que não pareças aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai está presente a tudo o que há de mais secreto; e teu Pai que vê o que se passa em secreto te dará a paga.» (Mt, 6, 16 – 18)
Num plano secundário, mostra a paisagem de cidades medievais activas localizadas no litoral de um rio ou mar que se encontra com algum movimento de barcos e montanhas a se dirigirem para o horizonte, onde recorre a técnica de sfumatto fazendo com que o mar ou rio, o céu e algumas montanhas por momentos parecem estar unidas devido estar muito esbatido não permitindo desmistificar se é uma ilha ou continente e consequentemente se é um rio ou o mar. O que pode fazer referência à época dos grandes feitos e obras do povo português, devido a presença da bandeira da monarquia Portuguesa nas embarcações, durante o período dos descobrimentos em que os Franciscanos e os Dominicanos embarcavam com a intenção de propagar e expandir a Fé cristã pregando aos povos que iriam descobrindo ao longo da rota marítima realizada. O tipo de paisagem utilizado no retábulo é semelhante à utilizada na Batalha de Issus por Albrecht Altdofer no Renascimento Setentrional, recorrendo a uma visão panorâmica demonstrando a mais antiga paisagem pura.

Nossa Senhora do Leite é uma pintura a óleo sobre madeira de dimensões 92 x 106 cm proveniente da Igreja Matriz da Tabua, datada do no início do século XVII.
Esta parte superior do retábulo representa no centro da composição a Virgem do Leite que está a dar de mamar ao menino que se encontra sentado sobre um pequeno mando dourado, sentada entre as nuvens e rodeada por anjos. Sendo esta uma das variantes da Virgem da Ternura. A Virgem do Leite está envolta num manto vermelho e tem na cabeça um delicado véu transparente com uma ponta esvoaçante, sendo possível verificar uma camisa verde que se abre o seu peito. A nível cromático as cores utilizadas na roupa da virgem possuem um grande simbolismo no cristianismo. O manto vermelho pode ser sinal de dois paradigmas, isto é, pode simbolizar que o Espírito Santo desceu sobre a Virgem do Leite e a tomou para realizar através dela a obra da encarnação do Verbo e por outro lado, como a Virgem se encontra entronizada, o manto vermelho pode demonstrar o sinal de realeza; o verde da camisa remontar à esperança de Deus sobre a salvação do Homem ao enviar Jesus Cristo à Terra; o pequeno manto dourado onde o menino esta sentado significa a divindade de Jesus, o filho de Deus. O facto de estar a beber o leite materno é sinal da sua humanidade, fragilidade e dependência. Demonstrando a afirmação da Divindade verdadeira e da verdadeira humanidade, que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, tal como foi afirmado no Concílio de Caladónia em 451 d.C..
O céu possui um colorido intenso de um amarelo que forma um pequeno degradé que muda para rosa na zona onde se distribuem as nuvens em várias tonalidades cromáticas e os puttis e com a existência de algumas transparências. Os puttis possuem um azul carregado por detrás das asas, que por vezes contem um pequeno degradé que forma um elevado contraste com as carnações. A existência de transparências pode remeter à distância com que estes se encontram da Virgem do Leite, não impedindo a sua veneração.
A harmonia, ternura e paz presente no olhar dos anjos é semelhante ao da Virgem enquanto amamenta e ao do menino ao ser amamentado pelo leite da Virgem, leite este que simboliza a passagem da sabedoria divina ao menino. A presença destas sensações durante a amamentação do Menino são explicadas na teoria de Freud, citando que «A figura da criança que mama no seio da mãe tornou-se um modelo de toda a relação amorosa».
As aparições da Virgem do Leite estão relacionadas com S. Bernardo, onde aparece rodeada por nuvens com o menino ao colo e com a mão esquerda aperta o peito jorrando-lhe leite para a boca quando este se encontra de joelhos transmitindo-lhe a divina sabedoria. Todavia, pode ser associada a S. Francisco porque a grande popularização que obteve, valorização amorosa e devoção se deve a este e a S. Domingos devido a ter sido um Dominicano a estabelecer a imagem de Jesus, caracterizando-o com uma aparência grandiosa e majestosa.
A nível iconográfico, este retábulo levanta algumas dúvidas sobre quem será o seu pintor, visto que foi classificado como pertencente à oficina portuguesa do século XVII, apesar de ter presente características que possibilitam a atribuição a vários artistas. O traçado utilizado no cabelo e a testa da Virgem é semelhante ao que Gaspar Dias utiliza na Aparição do Anjo a S. Roque, o olhar de um dos anjos é parecido com o usado por Francisco Venegas na Santa Maria Madalena, o fundo do retábulo onde estão representados S. Domingos e S. Francisco em que representa a natureza levando o seu prolongamento até ao horizonte é parecido com o usado por Diogo Teixeira no Repouso na fuga para o Egipto. Estas Características não eram exclusivas dos pintores citados fazendo com que o retábulo da Virgem do leite e S. Domingos e S. Francisco não tenha sido atribuído a um pintor específico da época.
O facto menino estar apoiado sobre o braço direito da Virgem e esta ter o cabelo apanhado exclui a hipótese de pertencer ao Frei Carlos, monge flamengo, uma vez que as obras que pintou sobre a temática o menino estava apoiado no braço esquerdo da Nossa Senhor e esta possuía os cabelos longos.
A presença de várias vanguardas levanta alguns paradigmas, visto que esta é classificada como uma obra do estilo Maneirismo e possui elementos que são característicos de outros estilos. O facto da Virgem do Leite aparecer entronizada e esta ser utilizada em várias pinturas desde a arte Bizantina ate o Proto-Renascimento. A ausência de perspectiva, tendo esta sido introduzida na pintura durante o gótico final. Apesar da presença de vários estilos artísticos o retábulo possui características do Maneirismo, o que faz com que seja caracterizada como uma ora Maneirista.
No retábulo estamos perante uma simetria idêntica à na Virgem, no Menino, em S. Domingos e em S. Francisco, fazendo com que a parte central deste seja zona do peito e orientando direcção do olhar dos Santos. Nesta pequena análise atribuiu a formação de um triângulo, em que na base se encontra S. Domingos e S. Francisco representantes de ordens católicas no mundo e no topo deste a Virgem do Leite com o Menino onde demonstra a estratificação hierárquica do poder divino e a representação da divina trindade no mesmo.
Porém, ao introduzirmos os puttis nesta análise, podemos verificar que na sua disposição obtemos um hexágono irregular situado antes da Virgem. Sendo esta figura composta por triângulos equiláteros que se interpenetram simbolizando a fusão dos princípios opostos, que representa o símbolo do poder divino da criação. De igual modo, podemos associar como uma separação do mundo terrestre com o mundo divino, onde só existe ligação entre eles através da Fé e orações dos cidadãos.

O Maneirismo (do italiano maniera, a maneira ou estilo de um artista) traduzia a marca estética de um artista. Esta maniera tornou-se um paradigma para toda a pintura europeia e se caracteriza pelo estilo que marca a transição entre o Renascimento e o Barroco, período que vai de cerca de 1520/30 a 1600. Tendo este, de uma maneira geral designar o estilo de um artista ou de uma época e possuindo as suas próprias regras.
Este estilo é considerado, como o resultado do conflito entre uma geração jovem e as obras dos grandes mestres, sendo dinâmico e agitado demonstrando uma atitude contra os clássicos de clareza e harmonia. A sensibilidade artística Maneirista exigia uma maior liberdade de movimentos para que as tensões do espírito, as convicções religiosas mais profundas e os sentimentos mais arrebatados pudessem também ser objecto de inspiração, onde a estilização exagerada, o abandono as linhas harmoniosas impostas pelo estilo vigente, criando labirintos, espirais e proporções inesperadas.
Com isto, nasce uma nova estética que vai contra a que era utilizada anteriormente, onde as obras de artes deveriam seguir a razão para serem consideradas belas e copiavam a natureza e o Homem. Como o Maneirismo era um estilo individual onde cada pintor tinha a liberdade de pintar sem seguir regras estabelecidas, este ganha uma estética individual que varia de artista para artista. Contudo, existiam características gerais entre eles em que estava presente a desarmonia, tensões interiores, a desordem e a ausência de exactidão anatómica nos corpos representados. Enquanto que em Portugal o Maneirismo não adquirir uma estética como a nível internacional devido a só ter sido introduzido posteriormente e a igreja já possuía um poder extremamente forte como nunca tinha tido, originando com que a pintura Maneirista portuguesa fosse mais comedida e restrita. Os aspectos de nudez não foram muitos representados, havia mais ordem e também o recurso a perspectiva, porém recorriam a características Maneiristas que foram adquiridas por alguns pintores pelo facto de se terem deslocado a Itália nesse período.
[1] Maria Pestana, Das coisas visíveis às invisíveis, Volume I, Tese de Doutoramento em História da Arte da Época Moderna, Universidade da Madeira, Funchal, 2004, p.65.
[2] Idem, ibidem. p. 104

domingo, 20 de julho de 2008

Férias de Verão

Finalmente chegaram as férias do Verão, que tanto ansiava pela sua chegada. Agora que chegou já estou farto pois tudo se tornou tão monótono que até ando mais cansado!
Se ao menos estivesse bom tempo para ir à praia, mas não, grande parte dos dias o tempo não está em condições devido ao frio. Conduto tento aproveitar as férias ao máximo com outro tipo de distracções. Com as idas ao café com os amigos, as longas noites passadas há beira-mar com amigos na companhia da “Coral” e da “Música” que nos proporcionam momentos inesquecíveis que posteriormente ficaram guardados na memória para mais tarde recordar as famosas noites das férias de Verão.

Morte vs Vida


terça-feira, 3 de junho de 2008

domingo, 18 de maio de 2008


Todas as pegadas

Que devido a ti são esquecidas

Ficarão para sempre

Na minha memória,

Sem que ninguém

As possa apagar!

Ricardo Giestas
Domingo, 18 de Maio de 2008

sábado, 17 de maio de 2008

Tu Que estás
Perdida no tempo e no espaço
Totalmente morta e esquecida!
Morte essa
Lenta, dolorosa e seca.
Mesmo quando estas
Rodeada por
Infinita quantidade dela!
Ricardo Giestas
Sabado, 17 de Maio de 2008

sexta-feira, 16 de maio de 2008

domingo, 4 de maio de 2008

Despedida

De que será que estou a despedir-me?

terça-feira, 29 de abril de 2008

Em Todos os Jardins


Em todos os jardins hei-de florir,

Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.

Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.

Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.

Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.


Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 - 2004)
"Poesia I", 1944


terça-feira, 15 de abril de 2008

Mais um dia chegou ao fim e como qualquer outro estou na cama com o portátil em cima das pernas a usar o msn, após desligar o portátil e dormir vem o momento de reflexão que é sempre doloroso. Neste momento não consigo dar um rumo ou sentido à minha vida e muito menos à minha existência, nem sei porque ainda estou (…). Quando penso que tudo está bem aparece sempre algo que faz-me mudar de ideias e mesmo que não apareça ninguém quando reflicto vejo que passa-se algo e que estraga tudo.
Que merda de vida é esta, onde reina um pouco de tudo menos felicidade!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Texto da Fita de final de curso da Paixoneta


Paixoneta (Vizinha)

Por todos os bons momentos que já passamos e por todos aqueles que passaremos futuramente, espero que alcances com toda a tua determinação tudo aquilo que desejas e sonhas.
Agora que concluíste o primeiro ciclo (caso contrário não estaria a rasurar esta fita verde de “cor medonha”) exijo que ingresses o segundo ciclo com o mesmo empenho e dedicação que tiveste ao longo deste. Para isso não podes imitar-me e ganhar vícios como o da “vadiagem” e o do “dá tempo para o ano” que adquiri, mas de que me arrependo actualmente!
Espero que continues a ser a mesma amiga porreira e adorável de sempre e que não adquiras a “puta” da mania de te achares superior aos outros devido a facto de já possuíres o Canudo!!!

Muitos beijinhos deste teu migo!!!!
Ricardo Giestas

segunda-feira, 24 de março de 2008


Um sonhador é aquele que só ao luar descobre o seu caminho e que, como punição, apercebe a aurora antes dos outros

Autor: Wilde, Oscar

domingo, 23 de março de 2008

sábado, 22 de março de 2008

Por do Sol


A tarde é a velhice do dia. Cada dia é uma pequena vida, e cada pôr do Sol uma pequena morte

Autor: Schopenhauer, Arthur Tema: Dia

I see you



A mocidade é a estação da felicidade sensual, a velhice, a da moral e intelectual

Autor: Maricá, Marquês Tema: Juventude

Se vós me reduzis ao desespero, advirto-vos de que uma mulher em tal estado é capaz de tudo
Autor: Molière , Jean

Pensamento


Os meus pensamentos são a minha perdição


Autor: Diderot , Denis Tema: Pensamento

Fragilidade



Fragilidade, o teu nome é mulher!

Autor: Shakespeare , William

domingo, 16 de março de 2008

Introspecção

Homem livre, tu sempre gostarás do mar
Autor:Baudelaire, Charles

sexta-feira, 14 de março de 2008

Mar de Magma


O homem nasceu para a acção, tal como o fogo tende para cima e a pedra para baixo.


Autor: Voltaire Tema: Acção

terça-feira, 11 de março de 2008

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Não percebo e acho que nunca compreenderei o porquê do que aconteceu!
Será que esta dor imunda que apoderou-se do meu coração e posteriormente de todo o corpo nunca mais irá desaparecer? A cura dela só depende de uma pessoa muito especial em que deixei de sê-lo para a mesma!
Será que futuramente voltarei a ser? Assim recuperando toda a razão da minha existência como Ser humano, toda a felicidade e deixando para trás a dor que permanece-me ligada?
Falar que no futuro talvez haja alguma hipótese é muito imprevisível, visto que é impossível saber precocemente o que nele nos espera.
Estarei esperando pacientemente pelo dia em que tudo voltará a ser como era antes, mesmo que demore algum tempo não perderei a paciência mas, para que tudo volte a ser o mesmo e ainda melhor tenho de concluir o 12ºano e entrar na universidade que quero e aí voltar a tentar tudo de novo!
Só espero que saibas que gosto muito de ti e apesar de tudo continuarei a gostar!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Férias antecipadas

Desperto, isto é, nem sequer ainda tinha adormecido durante a noite, quanto tocou o despertador às 5h da manha, tão cedo visto que tinha de apanhar o avião as 7h05 no aeroporto FNC (Madeira) para o Porto. Quando lá chegasse iria começar as melhores férias desde a minha existência. Por volta das 8h40 já tinha aterrado no aeroporto OPO (Porto) e já estava a ir ter com a pessoa que estava a minha espera na rua para depois irmos para Vila Real.
Quando finalmente chegamos a casa tive de comer algo e descansar um pouco, p
ois tive uma longa viagem e estava muito cansado. A meio da tarde fui dar uma volta pela cidade, com passagem pelo Dolce Vitae e com paragem em dois bares espectaculares. O primeiro bar que conheci foi o Momai e depois o 100’s, bares estes onde passei muitas horas com companhias excelentes durante os cinco dias de férias que passei lá. À noite fui ao cinema ver o filme “Call Girl” onde fiquei um pouco desiludido com as infra-estruturas da sala de cinema e também com algumas falas que iam aparecendo ao longo do filme mas no final da sessão até gostei do filme pois tinha uma critica social muito boa. Nos outros dias fiz praticamente sempre a mesma coisa do que no primeiro dia com a excepção de não ir ao cinema e com a ida ao karaoke no domingo a noite.
Na segunda-feira a tarde fui até cabanas e depois a Vila Pouca antes de voltar a Vila Real, durante a viagem apanhamos um nevoeiro muito espesso mas em contrapartida vi um pôr-do-sol muito giro. Quando cheguei a Vila Real fui à casa de uma rapariga para depois ir para o momai afim dela fazer umas filmagens de um trabalho e a noite fui ate ao Kopos. Praticamente quase todos os bares que frequentei localizavam-se no Pioledo.
Assim passaram cinco dias magníficos, passados na excelente companhia dos meus amigos.
Adorovos!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

A Metamorfose do Homem Apaixonado



A paixão desenvolve a sensibilidade; torna o rústico amável e dá coração ao poltrão. No ser mais miserável e mais abjecto, instilará a audácia e a força de desafiar o mundo, por pouco que ele seja encorajado pelo ser amado. Dando a outro, ele o dá mais a ele próprio. É um homem novo, com percepções novas, perspectivas novas e mais vivas, e uma solenidade religiosa no carácter e objectivos.

Ralph Waldo Emerson, in 'O Amor'

domingo, 16 de dezembro de 2007

Através das oportunidades perdidas descobrimos realmente o quanto alguém é importante para nós, mas fica sempre o “desgosto” de possivelmente já ser tarde de mais para deixar o orgulho ou a timidez de lado e dizermos o que realmente sentimos no momento em questão.
Segundo William Shakespeare, “o mundo é um palco onde cada um deve recitar o seu próprio papel, (…)”, e dentro desse papel devemos dar o máximo de nós e viver cada dia como se fosse o último (Carpem diem), e para isso temos de rir, chorar, dar um sorriso, amar, ser amado, (…), são nestes breves e pequenos momentos da vida que conseguimos dar um significado, por mais ligeiro que seja a nossa e ver que vale sempre a pena viver mais um dia, agora certezas que de vamos acordar para viver mais um dia, isso já não temos. Pois a única certeza que temos na vida foi que um dia nascemos e que um dia vamos morrer e tudo se acaba e aí o fecho das cortinas e da peça da vida. Por isso não podemos deixar para fazer amanhã aquilo que podemos fazer hoje, devido a não podermos fazer no dia seguinte. E acima de Tudo sermos felizes o máximo que podermos!

sábado, 17 de novembro de 2007

Timberland ft. One Republic - Apologise

Após um longo período sem actualizar o blog devido a condicionantes diários que me impossibilitam de usufruir da Internet quando quero e apetece e ficar o tempo que quiser.
Durante todo este tempo tenho tido a mesma rotina diariamente, em que não passa de trabalhar, aulas de matemática e aula de musica. Cada um a seu dia mas não passa disto. DE vez em quando ainda saiu a noite, mas muito raramente, tão raramente que só tenho saído uma vez por mês a noite e ficar até o corpo não aguentar mais!

sábado, 8 de setembro de 2007

Inicio de Setembro

Por fim acaba a primeira semana do mês de Setembro. Não tenho nada negativo nesta semana apesar de não ter feito nada a não ser o meu curriculum vitae que ocupou-me a semana quase toda e deu imenso trabalho devido a problemas de formatação na Microsoft Office Word TM, mas nada que não conseguisse resolver.
Como já referido na reflexão anterior sobre o mês passado conheci muitas pessoas e outras ficaram por conhecer, e uma das pessoas que ficaram por conhecer, acabei por conhecer esta semana.
A última noite da semana foi passado no café capuccino no fórum madeira, juntamente com a Vania, a Fátima, o Abílio e o Nelson. Passei lá bons momentos com amigos que já não falava já à algum tempo devido a circunstâncias da vida privada de cada um.
Agora é só esperar pela próxima semana e que volte a correr tudo lindamente como a que acabou de acabar.

sábado, 1 de setembro de 2007

Reflexão


Acabou-se mais um mês período longo ao qual vivi várias emoções tanto boas como más e aconteceram muitas coisas em que foram vividas intensamente mesmo sendo estas negativas.
Adquiri a experiência de trabalhar num restaurante, que gostei muito no seu todo mas graças ao mesmo comecei a tomar ansiolíticos, visto que contraí uma crise de ansiedade com o acumular de tensões e problemas, entre outros factos existenciais que todos nós um dia temos durante todo o período em que estamos vivos.
Conheci pessoas fantásticas que nunca esquecerei, outras pelo contrário, nunca mais as quero relembrar, muito menos vê-las à minha frente devido ao mal que me fizeram. Algumas pessoas gostaria de ter conhecido mas como não estava no meu destino as conhecer não passaram de meros conhecidos de vista dos cafés que frequentava quase diariamente e que certamente deixarei de os frequentar devido a pequenas ou mesmo grandes eventualidades da vida quotidiana.
Cada vez mais acho horrível a vida sarcástica que tenho, cheia de mentiras, ilusões e principalmente a de transmitir e manter uma aparência que não é a minha nem nunca será a minha ao longo de toda a minha existência. Por vezes interrogo-me com algumas questões que não têm resposta possível nunca a tiveram no passado e já mais no futuro a terão. Isto tudo para saber que a vida não passa de momentos simples e complexos com constantes interrogações afim de achar respostas e dar lógica a diferentes atitudes e comportamentos diários inexplicáveis. Uma das interrogações mais frequentes é o “Porquê” de tudo, por vezes adquirimos uma resposta mas nem sempre é a mais desejada ou a que pretendíamos.
Falta-me algo importante que é achar uma lógica possível para a minha existência, mas enquanto isso não acontecer permanecerei com enumeras questões sem resposta e que me deixam frustrado diariamente.
Enfim não posso fazer nada, é a “VIDA”!

sábado, 25 de agosto de 2007

Fuck



Ai como esta a custar ter de ultrapassar várias barreiras que estou a ter actualmente. Espero conseguir supera-las mas para isso terei de recorrer a ansiolíticos (tranquilizantes) recomendados e receitados pelo endocrinologista, devido a problemas familiares, do trabalho e também em grande parte devido a uma paixão não correspondida. Isto é, não posso considerar não correspondida porque ainda não tenho certezas dos sentimentos da outra pessoa.
Está a ser difícil mas espero conseguir ultrapassar tudo isto e o mais rápido possível!